A psoríase é uma doença imune crônica da pele que afeta cerca de 2% da população mundial. Ela é caracterizada por lesões avermelhadas e descamativas, em placas grandes ou pequenas, que podem aparecer em qualquer parte do corpo.
A doença é causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais, e não é contagiosa.
Apesar de não ter cura, a psoríase pode ser controlada com tratamento.
Mitos e verdades sobre a psoríase
A psoríase é uma doença complexa e ainda existem muitos mitos e verdades sobre ela. Aqui estão alguns dos principais:
Mito: A psoríase é causada por falta de higiene.
Verdade: A psoríase é uma doença imune, ou seja, o sistema imunológico do corpo está em desequilíbrio e induz uma reprodução exagerada das células saudáveis da pele. Ela não tem nada a ver com higiene.
Mito: A psoríase é contagiosa.
Verdade: A psoríase não é contagiosa. Ela não pode ser transmitida de uma pessoa para outra, já que sua causa não é infeciosa.
Mito: A psoríase é uma doença leve.
Verdade: A psoríase pode ser uma doença debilitante. Ela pode causar dor, coceira, e afetar muito a qualidade de vida do paciente, mesmo quando está localizada em áreas consideradas pequenas (couro cabeludo, genitais, palmas e plantas)
Mito: A psoríase só afeta a pele.
Verdade: A psoríase pode afetar outras partes do corpo, como as articulações. Cerca de 30% das pessoas com psoríase desenvolvem artrite psoriásica - mesmo tendo lesões muito discretas na pele (e às vezes sem lesão nenhuma)
Mito: A psoríase é uma doença incurável.
Verdade: Não existe cura para a psoríase, mas ela pode ser controlada com o tratamento adequado para a fase e a gravidade em que a doença estiver
Psoríase: causas, sintomas, tipos, diagnóstico, prognóstico, tratamento e estigma
Causas
A psoríase é causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Fatores genéticos
A psoríase é uma doença hereditária. Se um dos seus pais tem psoríase, você tem um risco de 10 a 20% de desenvolver a doença.
Fatores ambientais
Alguns fatores ambientais podem desencadear ou piorar os sintomas da psoríase. Esses fatores incluem:
•Estresse
•Infecções
•Medicamentos, como lítio, betabloqueadores e antimaláricos
•Álcool
•Fumar
•Algumas alterações climáticas
Sintomas
Os sintomas da psoríase mais comuns são:
•Lesões avermelhadas e descamativas em placas
•Coceira
•Dor
•Sensação de queimação
As lesões da psoríase podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns no couro cabeludo, cotovelos, joelhos, costas e nádegas.
Tipos
Existem vários tipos de psoríase. Os tipos mais comuns são:
•Psoríase em placas: é o tipo mais comum de psoríase. As lesões são avermelhadas e descamativas.
•Psoríase gutata: pode haver relação com infecção de via aérea por bactéria. As lesões são pequenas e redondas.
•Psoríase inversa: acomete as dobras da pele, como nas axilas, virilhas e sob os seios.
•Psoríase pustulosa: é um tipo de psoríase que causa a formação de pequenas bolhas com conteudo amarelado.
•Psoríase eritrodérmica: as placas se unem e o quadro afeta a maior parte da pele.
•Artrite psoriásica: afeta as articulações, tanto de mãos, pés, cotovelos e joelhos quanto o quadril e a coluna, com rigidez pela manhã e edema de dedos dos pés e mãos
Diagnóstico
O diagnóstico da psoríase é feito por um dermatologista. O médico fará um exame físico da pele e poderá solicitar exames complementares, como biópsia da pele.
Prognóstico
A psoríase é uma doença crônica, mas ela pode ser controlada com tratamento. O prognóstico da psoríase varia de pessoa para pessoa. Algumas pessoas têm casos leves da doença que podem ser controlados com tratamentos tópicos. Outras pessoas têm casos graves da doença que podem exigir tratamentos mais agressivos.
Os fatores que podem influenciar o prognóstico da psoríase incluem:
•Gravidade da doença: quanto mais grave a doença, pior o prognóstico.
•Tipo de psoríase: alguns tipos de psoríase, como a psoríase eritrodérmica e a pustulosa, são mais graves e têm pior prognóstico.
•Fatores genéticos: pessoas com histórico familiar de psoríase têm maior probabilidade de ter um prognóstico pior.
•Fatores ambientais: exposição a fatores ambientais, como estresse, infecções e medicamentos, pode piorar o prognóstico da psoríase.
Com o tratamento adequado, a maioria das pessoas com psoríase pode levar uma vida normal e ativa.
Tratamento
O tratamento para a psoríase é individualizado e depende da gravidade da doença, do tipo de psoríase e dos fatores que a desencadeiam.
Os tratamentos disponíveis incluem:
•Medicamentos tópicos: cremes, pomadas e loções que são aplicados diretamente na pele.
•Medicamentos orais: comprimidos ou cápsulas que são tomados por via oral.
•Imunobiológicos: medicamentos que atuam no sistema imunológico.
•Terapia com luz: exposição à luz ultravioleta (UV).
Os medicamentos tópicos são o tratamento de primeira linha para a psoríase leve a moderada. Eles podem ajudar a reduzir a inflamação, a descamação e a coceira.
Os medicamentos orais são usados para tratar casos de psoríase moderada a grave. Eles podem ser mais eficazes do que os medicamentos tópicos, mas também podem causar mais efeitos colaterais.
Os imunobiológicos são um tipo de medicamento novo e eficaz para a psoríase grave. Eles atuam no sistema imunológico para reduzir a inflamação.
A terapia com luz é um tratamento eficaz para a psoríase leve a moderada. Ela envolve a exposição da pele à luz ultravioleta (UV) e pode ser indicado de forma isolada ou ainda associada aos demais.
Estigma
A psoríase pode causar estigma social, afetando muito a qualidade de vida. As pessoas com psoríase podem se sentir desconfortáveis em público e evitar atividades sociais. As crianças podem ter dificuldade de relacionamento e sofrer muito na escola.
Existem algumas coisas que você pode fazer para lidar com o estigma da psoríase:
•Fale com seu médico sobre como você se sente, ele poderá te ajudar
•Junte-se a um grupo de apoio para pessoas com psoríase.
•Ajude a educar as pessoas sobre a psoríase quando você sentir-se preparado para isso. Ajudará a você e também aos demais que convivem com a doença
Conclusão
A psoríase é uma doença crônica, mas ela pode ser controlada com tratamento - melhorando muito a qualidade de vida do paciente. É importante consultar um dermatologista especialista para obter o diagnóstico correto e o tratamento adequado para o seu caso.
