A doença é determinada por tendência a hiperreatividade da pele a irritantes diretos, como certos tecidos, água quente, e alteração da barreira cutânea, tornando a pele mais seca. Há suscetibilidade a certos tipos de infecções cutâneas, especialmente as provocadas por bactérias e certos vírus.
É a desordem cutânea mais comum em crianças e um número delas permanecerá com a alteração na idade adulta. A dermatite atópica pode iniciar na idade adulta, mesmo nos mais idosos. Até os 6 anos de idade, ambos os sexos são igualmente afetados pela dermatite atópica. Acima dos 6 anos de idade, a prevalência nas meninas é maior do que nos meninos.
A característica principal da doença é a coceira intensa e as lesões na pele. É causada por diferentes fatores que abrangem aspectos genéticos, ambientais, imunológicos e infecciosos, e defeitos da função de barreira da pele.
Perguntas Frequentes
Prevalência aumentou nos últimos 30 anos. Atualmente, estima-se que 10% a 20% das crianças e 1% a 3% dos adultos nos países desenvolvidos sejam afetados pela doença. A dermatite atópica geralmente começa na primeira infância; aproximadamente 85% de todos os casos começam antes dos 5 anos de idade. Até 70% das crianças com dermatite atópica entrarão em remissão clínica antes da adolescência.
O ato de coçar piora a inflamação que ocorre na pele do atópico. Essa reação é causada pela liberação de diversos agentes pró-inflamatórios no organismo, em um ciclo vicioso, onde a inflamação também piora a coceira. Além disso, o coçar aumenta as chances de proliferação das bactérias da pele, causando uma piora no quadro por infecção sobreposta ao processo inflamatório.
O diagnóstico da dermatite atópica é baseado em critérios específicos que levam em conta a história do paciente e as manifestações clínicas. O médico irá avaliar os sintomas e a gravidade para definir se o paciente tem ou não dermatite atópica e qual o melhor tratamento. O diagnóstico da doença raramente requer testes invasivos.
Sim. As crianças com essa condição têm pele mais seca, sensível e com coceira frequente.
Na dermatite de contato, ocorre reação de hipersensibilidade aos agentes irritantes, como detergentes, ou após o contato com substâncias específicas (como níquel de joias ou borracha de luvas), principalmente nos locais de maior exposição (por exemplo, nos dedos).
Geralmente a psoríase afeta as superfícies extensoras dos membros (como os cotovelos), em vez das zonas flexoras, e muitas vezes envolve as unhas, palmas das mãos e plantas dos pés.
Pode-se dizer que o objetivo do tratamento da DA é controlar a inflamação e resgatar a integridade da barreira cutânea, mantendo a pele o mais íntegra e hidratata possível. A organização do plano de tratamento, tanto das crises quanto para a fase de manutenção, é realizada com o dermatologista, o paciente e sua família.
Assim, é fundamental lidar com os fatores ambientais: reduzir o pó dos ambientes, tomar banhos curtos com água morna, substituir sabonetes por syndets quando possível e hidratar a pele logo após o banho.
Além disso, utilizar medicamentos tópicos, como corticosteróides e imunomoduladores (sempre sem medo e dentro do previsto no plano de tratamento) é um passo importante para quando a DA é leve.
Em se tratando de doença moderada ou grave, é necessário partir para o manejo avançado: fototerapia, medicações sintéticas (imunossupressores - geralmente, ciclosporina ou metotrexato), imunobiológicos e inibidores de JAK.
Veja que para todas as fases (e situações) o controle da doença é possível!
Dra. Clarissa Prati
Sou médica Dermatologista. Nunca pensei que ajudar cada um dos meus pacientes a estabelecer uma relação melhor com a sua pele fosse se transformar no meu grande objetivo profissional. Sempre quis trabalhar com pessoas e vi na Medicina uma boa forma de colocar isso em prática. Eu só não sabia que a paixão estaria, literalmente, à flor da pele!
Então, depois de 6 anos de Faculdade e 5 anos de especialização (mais mestrado, doutorado, pós-doc…), aqui estou eu para colocar todo o meu conhecimento e a minha dedicação em prol da saúde e da beleza da sua pele. E quem disse que eu parei de estudar?
Tenho orgulho também de dizer que estive envolvida em atividades associativas por quase 15 anos, tanto na Sociedade Brasileira de Dermatologia Secção RS quanto na SBD Nacional. Com muita honra, assumi a Chefia do Serviço e Preceptoria de Residência Médica em Dermatologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/Hospital São Lucas. Participo também de projetos de conscientização sobre doenças de pele para a população na Psoriase Brasil, em diversos outros canais na mídia e também de Educação Médica Continuada para meus colegas dermatologistas e de outras especialidades.
Como eu costumo falar: será uma honra para mim cuidar da sua pele e ajudar você a encontrar o equilíbrio que merece!
Dermatologista Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia
Mestre em Medicina: Ciências Médicas. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil.
Doutorado em Ciências da Saúde. Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo, PGCS IAMSPE, Brasil.
Pós-doutorado em Psiquiatria e Ciências do Comportamento. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Brasil.
Clinical Observation Program - Management of Psoriasis. Universitatsklinikum Hamburg Eppendorf, UKE, Alemanha.
Chefe do Serviço de Residência Médica em Dermatologia. Hospital São Lucas/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS, Brasil.
Preceptora Ambulatório de Dermatopediatria. Serviço de Residência Médica em Dermatologia. Hospital São Lucas/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS, Brasil.
Conselheira Científica - Psoríase Brasil – Associação Brasileira de Psoríase, Artrite Psoriásica e de outras Doenças Crônicas de Pele